quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Privataria Tucana: eu já comprei o meu

Um livro que chegou à praça no fim de semana passado acusa o ex-governador José Serra de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Não estamos falando de dinheiro que cabe em "cueca", nem em propina de bicheiro, ou coisa de dezenas, centenas de mil, ou até milhões.

A origem de toda a "Privataria Tucana" começou na evasão de divisas da época da CPI do Banestado, lembram?

Nessa época, meus caros amigos, a CPI apurou que - PASMEM - saíram do Brasil um total de 150 BILHÕES DE REAIS para paraísos fiscais, entre 1993 e 2002.

Agora, na investigação feita pelo jornalista - que ganhou 2 prêmios Esso de jornalismo - outras dezenas de bilhões foram desviados na venda de todas as nossas estatais no governo FHC.

Publicado pela Geração Editorial, "A Privataria Tucana" foi escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr.

O livro mostra que uma empresa controlada pelo empresário Carlos Jereissati nas Ilhas Cayman repassou US$ 410 mil para Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil e amigo de Serra.

Segundo os documentos apresentados pelo livro, a transferência foi feita dois anos depois do leilão em que um grupo controlado por Jereissati arrematou o controle da antiga Telemar.

Outro alvo do livro é a filha de Serra, Verônica Serra, que foi sócia da empresária Verônica Dantas numa firma de prestação de serviços financeiros na internet, a Decidir.

Verônica Dantas é irmã do banqueiro Daniel Dantas, que controlou a antiga Brasil Telecom até o início de 2005. A Telemar e a Brasil Telecom atualmente são parte da Oi.

O jornalista também diz que Gregório Preciado, casado com uma prima de Serra, teve ajuda de Ricardo Sérgio na privatização do setor elétrico e depois movimentou dinheiro em paraísos fiscais.

No governo FHC, Ricardo Sérgio, como diretor do Banco do Brasil, exercia influência sobre a Previ, o fundo de pensão dos empregados do BB, que se associou aos vários grupos que participaram das privatizações da época.

Se vocês quiserem ler um bom livro investigativo, real, escrito por um verdadeiro jornalista, é esse!

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