sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Como uma extensão do corpo!


Vendo essas fotos ai, o que vcs percebem?
Eu sou formado em Ciências da Computação pela UFRN, apenas a segunda turma formada. Faz tempo isso. Nessa época o curso ainda estava em formação, e o trânsito de professores de fora, principalmente de Recife, era grande. Hoje é diferente. A Computação da UFRN é um dos melhores cursos do Nordeste, e dentre as dezenas de doutores e mestres, alguns colegas de minha época, de formação, como o Prof. Dr. Marcelo "Zero", o Prof. Dr. Bruno "Cabeção", e o Prof. Dr. Marcílio, de Caicó.
Bom, retomando o assunto, na época de faculdade, assisti palestras e aulas do Prof. Silvio Meira, de Recife, que ajudou na solidificação do curso de computação.
O Prof. Meira tem trabalhado num tema chamado "dopping tecnológico", onde ele faz estudos das imersões da tecnologia no corpo humano. Um detalhe eletrônico na perna, um olho com nano-chips e lentes de aumento que ajudam na mira são exemplos de doppings que os Comitês Olímpicos precisam começar a ficar de olho. E isso deve ser o futuro do ser humano, essa imersão - como falei - da tecnologia no corpo. É inevitável, e já bem comum hoje em dia. O corpo passa a tratar a parte que lhe foi colocada como parte dele, como original.
É ai que eu quero chegar!
O cérebro do jogador de tênis trabalha assim. O tenista já sabe que a raquete está em sua mão e não precisa mais ficar olhando para ela para poder bater na bola; basta golpear.
A mesma coisa se aplica, Meira fala, em grandes jogadores de futebol como Pelé e Garrincha (na foto). A bola se torna uma extensão do corpo do jogador. Garrincha já sabe que a bola está no pé, e não vai sair. O que vai sair é um baita drible no zagueiro. Garrincha, de cabeça erguida, só precisa saber para onde chutar, para que ângulo do gol tem que mirar, para onde está o goleiro ou mesmo um companheiro para dar o passe.
Nossos atletas do ABC precisam, portanto, modificar seu cérebro (vejam tmb a foto). Gabriel e João Paulo - principalmente esse último - não cansam de ficar olhando pra bola. E chutam a gol olhando pro chão, exatamente onde está a bola, como se fossem perde-la, e não onde está o alvo.
Com a bola sendo uma extensão do corpo deles, seu futebol melhoraria, e muito!

Silvio Meira tem um blog em http://smeira.blog.terra.com.br/

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