quinta-feira, 11 de junho de 2009

Pradera, o armário alvinegro


Hoje a noite eu tive o prazer de me encontrar com Pedro Pradera, ex-zagueiro do ABC.
Morando em Brasília, depois que passou pelo Mais Querido, Pradera jogou na Portuguesa, por times da capital federal até terminar como treinador.
Entretanto, foram os 4 anos que jogou pelo ABC os melhores "emocionalmente" para o zagueirão. Palavras dele! O time do ABC era excelente. Pradera jogou ao lado dos melhores: Danilo Meneses, Jorge Demolidor, Alberi, Noé Silva, Noé Soares, Helio Show. De 75 a 78, ganhou 2 estaduais.
Vejam Pradera em 1977, em pé, já com uma calvície se aproximando, ao lado do grande goleiro Hélio Show:
E vcs abem como o ABC estava financeiramente àquela época? Muitíssimo bem! Pradera falou que em um grupo de 26 jogadores, 18 tinham carro zero. Salários pagos em dia, e bons salários. Machadão sempre cheio para ver os melhores jogarem.
Depois do ABC, Pradera foi jogar em São Paulo, na Portuguesa de Desportos. Naquele ano, foi eleito pela Gazetta Esportiva o melhor zagueiro do Paulistão. Pradera me contou que estava muito bem, mas que também estava no time errado. Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras tinham timaços, e se o armário ABCdista tivesse em algum deles, com certeza a seleção seria o caminho-alvo.
Depois de jogador, Pradera entrou na carreira de técnico. Conhecimento tinha bastante. Mas "conhecimento sem estrutura não leva ninguém a ser campeão. Eu achava que iria trazer ou conseguir estrutura com o conhecimento que eu tinha. Isso não existe", falou o zagueiro.
Engraçado que hoje, o ABC, vive do exatamente do contrário. Tem estrutura, mas não conseguiu um grupo de dirigentes com conhecimento de futebol, marketing esportivo, e empresa de futebol. Talvez o ABC, agora que tem a estrutura, precise de um Pedro Pradera para botar ordem na casa.
Aos 52 anos, Pedro Pradera está em forma, extremamente lúcido, se expressa como um diplomata e tem uma família rica em vida.
Acompanhei a cerimônia de casamento de seu mais novo filho homem, Matheus, de um total de 7 filhos. Sua esposa falou que os 4 anos de residência em Natal foram os melhores.
Parabéns Pradera, parabéns Matheus!

Em tempo: esse encontro com Pradera foi proporcionado pelo meu colega Leonardo Guerra. E já marcamos para o próximo jogo do Mais Querido em Brasília, contra o Brasiliense na série B, fazer uma bela homenagem ao Pedro Pradera.

10 comentários:

Anônimo disse...

Valeu Alexandre. Beleza pura ! Essa "gol marcado" foi DE PLACA !!! ( Leonardo / jlgmbezerra@ig.com.br )

Luciano disse...

Parabéns pela "reportagem". Me lembro aos 8 ou 9 anos no antigo Castelão vendo o Pradrera botando para rachar nos atacantes dos rosados. O seu comentário sobre a rica estrutura do ABC e a pobre capacidade de gerência foi muito feliz. É a pura realidade.
Saudações alvinegras

fernando disse...

parabens alexandre. na decada de 70 o ABC jogava contra o ferroviario,riachuelo e força e luz com publico de vinte e cinco a trinta mil torcedores (nesse tempo sim tinhamos patrimonio) o grande PRUDENCIO de saudosa memoria era quem comandava o MAIS QUERIDO. fica a saudade.

Gilvandro Alves disse...

Você só cometeu um grande deslize, quando se referiu que o Pedro poderia ter ido à seleção. Percebe-se que você não o viu jogar, pois era apenas um jogador de muito vigor físico, mas pouca técnica. Naquela época jogaram em Natal, vários jogadores em nível de seleção brasileira tais como, Rildo, Fidélis, Scala, Humberto Ramos, etc.

Anônimo disse...

Pradera era a raça pura! Que saudade do seu amor a camisa do ABC. Que saudade do seu destemor. Pradera causou um espanto quando chegou ! Não respeitava os medalhões do América. A área do ABC era dele, era dos seus companheiros. O seu VIGOR FÍSICO era impresionante. Acho que Pedro Pradera tem até hoje 3 pulmões, talvez quatro.

Anônimo disse...

Jogador mediocre, logico que se destacou nesse campeonato de segunda linha que é o campeonato potiguar. Vem dizer que não se destacou no Paulista, pq tava na Lusa. Eu lembro bem da ruindade deste sujeito, ele nunca foi eleito melhor zagueiro do paulista, tremenda mentira. Passou por aqui e não deixou saudade.

Anônimo disse...

O anônimo é americano... Dizer que Pradera era medíocre. Tá de sacanagem ? Pedrão foi um zagueirão de raça. Cada um tema sua caracteristica.

Não era técnico, mas a sua raça compensava qualquer coisa.

José Fernandes disse...

Pradera não nasceu em Portugal?

Ribamar Cavalcante disse...

Pradera nasceu no Rio de Janeiro. Talvez a família Pradera tenha origem lusitana.

Anônimo disse...

Olá, joguei contra o prazer em Sobradinho no início da década de 90, ainda era o elegante atleta, lembro-me bem da elegância e prudência com o adversário. Liomar Torres.